Brazilian Jiu Jitsu: a arte marcial que revolucionou a forma de lutar

A verdadeira revolução do BJJ aconteceu quando a família Gracie decidiu que o Jiu Jitsu deveria ser acessível a qualquer pessoa, independentemente do tamanho ou força física.

05/02/2025

Da Redação | Crédito da foto: IA - enviada pelo Fábio Bueno

O Brazilian Jiu Jitsu (BJJ) tem suas raízes na arte marcial japonesa, mas foi adaptado e modificado pelos irmãos Gracie na década de 20, no Brasil.

Sua popularidade cresceu de forma exponencial, principalmente a partir das décadas de 90 e 2000, quando o esporte ganhou notoriedade mundial através das vitórias de atletas brasileiros no UFC (Ultimate Fighting Championship).

O Brazilian Jiu Jitsu é focado principalmente em luta no solo, com ênfase em submissões, imobilizações e transições de posição, e se tornou uma das principais bases para o desenvolvimento do MMA (Mixed Martial Arts).

Origem

Nos primeiros anos do século 20, o Japão já era conhecido por suas artes marciais como o Jiu Jitsu e o Judô, com o mestre Mitsuyo Maeda sendo um dos mais influentes lutadores e responsável por levar o Jiu Jitsu para o Brasil. Ao chegar no país, Maeda encontrou em Carlos Gracie, o primeiro membro da família Gracie a se dedicar intensamente ao estudo das técnicas do Jiu Jitsu, um aluno ávido e dedicado.

Carlos começou a treinar com Maeda em 1917 e, ao longo dos anos, fez adaptações nas técnicas tradicionais, criando um estilo mais eficiente para o combate real. Carlos, junto com seus irmãos, transformou o Jiu Jitsu de uma arte marcada por técnicas de defesa pessoal em um sistema de combate muito mais dinâmico, com foco em submissões, transições e resistência.

A filosofia Gracie

A verdadeira revolução do BJJ aconteceu quando a família Gracie decidiu que o Jiu Jitsu deveria ser acessível a qualquer pessoa, independentemente do tamanho ou força física. A ideia era que um praticante menor, mais leve e tecnicamente preparado poderia derrotar um adversário maior e mais forte, utilizando a técnica e a estratégia ao invés da força bruta. Essa filosofia, baseada em princípios de eficiência, inteligência e técnica, fez com que o Jiu Jitsu se tornasse um sistema de luta universalmente acessível.

Além disso, a família Gracie sempre enfatizou a importância da disciplina, do respeito e do aprimoramento contínuo.

O papel dos irmãos Gracie

Enquanto Carlos Gracie foi o pioneiro e um dos fundadores da arte, outros membros da família Gracie também desempenharam papéis fundamentais no desenvolvimento e popularização do Brazilian Jiu Jitsu.

Helio Gracie, irmão de Carlos, é frequentemente apontado como o grande nome por trás da adaptação e aprimoramento do BJJ. Helio, sendo de constituição física mais frágil, teve que modificar e criar técnicas que permitissem a um lutador menor encarar adversários maiores e mais fortes, estabelecendo ainda mais os princípios da técnica e do controle no solo.

O UFC e a revolução no MMA

Nos anos 90, a família Gracie teve um impacto ainda mais profundo no mundo das artes marciais com a ascensão do UFC (Ultimate Fighting Championship). O UFC foi criado como uma competição de luta sem regras, com o objetivo de determinar qual arte marcial era a mais eficaz.

Royce Gracie, um dos membros da família, foi o grande representante do Jiu Jitsu na primeira edição do evento. Apesar de ser muito menor do que seus oponentes, usou as técnicas de BJJ para derrotar lutadores de várias modalidades, incluindo Boxe, Luta-Livre e Karate. Suas vitórias comprovavam a eficácia do Brazilian Jiu Jitsu e ajudaram a globalizar ainda mais a modalidade, demonstrando a superioridade do BJJ no combate real.