Brazilian Jiu Jitsu: a arte marcial que revolucionou a forma de lutar
A verdadeira revolução do BJJ aconteceu quando a família Gracie decidiu que o Jiu Jitsu deveria ser acessível a qualquer pessoa, independentemente do tamanho ou força física.
Da Redação | Crédito da foto: IA - enviada pelo Fábio Bueno
O Brazilian Jiu Jitsu (BJJ) tem suas raízes na arte marcial
japonesa, mas foi adaptado e modificado pelos irmãos Gracie na década de 20, no
Brasil.
Sua popularidade cresceu de forma exponencial,
principalmente a partir das décadas de 90 e 2000, quando o esporte ganhou
notoriedade mundial através das vitórias de atletas brasileiros no UFC
(Ultimate Fighting Championship).
O Brazilian Jiu Jitsu é focado principalmente em luta no
solo, com ênfase em submissões, imobilizações e transições de posição, e se
tornou uma das principais bases para o desenvolvimento do MMA (Mixed Martial
Arts).
Origem
Nos primeiros anos do século 20,
o Japão já era conhecido por suas artes marciais como o Jiu Jitsu e o Judô, com
o mestre Mitsuyo Maeda sendo um dos mais influentes lutadores e responsável por
levar o Jiu Jitsu para o Brasil. Ao chegar no país, Maeda encontrou em Carlos
Gracie, o primeiro membro da família Gracie a se dedicar intensamente ao estudo
das técnicas do Jiu Jitsu, um aluno ávido e dedicado.
Carlos começou a treinar com
Maeda em 1917 e, ao longo dos anos, fez adaptações nas técnicas tradicionais,
criando um estilo mais eficiente para o combate real. Carlos, junto com seus
irmãos, transformou o Jiu Jitsu de uma arte marcada por técnicas de defesa
pessoal em um sistema de combate muito mais dinâmico, com foco em submissões,
transições e resistência.
A filosofia Gracie
A verdadeira revolução do BJJ aconteceu quando a família
Gracie decidiu que o Jiu Jitsu deveria ser acessível a qualquer pessoa,
independentemente do tamanho ou força física. A ideia era que um praticante
menor, mais leve e tecnicamente preparado poderia derrotar um adversário maior
e mais forte, utilizando a técnica e a estratégia ao invés da força bruta. Essa
filosofia, baseada em princípios de eficiência, inteligência e técnica, fez com
que o Jiu Jitsu se tornasse um sistema de luta universalmente acessível.
Além disso, a família Gracie sempre enfatizou a importância da disciplina, do respeito e do aprimoramento contínuo.
O papel dos irmãos Gracie
Enquanto Carlos Gracie foi o
pioneiro e um dos fundadores da arte, outros membros da família Gracie também
desempenharam papéis fundamentais no desenvolvimento e popularização do
Brazilian Jiu Jitsu.
Helio Gracie, irmão de Carlos, é frequentemente apontado como o grande nome por trás da adaptação e aprimoramento do BJJ. Helio, sendo de constituição física mais frágil, teve que modificar e criar técnicas que permitissem a um lutador menor encarar adversários maiores e mais fortes, estabelecendo ainda mais os princípios da técnica e do controle no solo.
O UFC e a revolução no MMA
Nos anos 90, a família Gracie
teve um impacto ainda mais profundo no mundo das artes marciais com a ascensão
do UFC (Ultimate Fighting Championship). O UFC foi criado como uma competição
de luta sem regras, com o objetivo de determinar qual arte marcial era a mais
eficaz.
Royce Gracie, um dos membros da
família, foi o grande representante do Jiu Jitsu na primeira edição do evento. Apesar
de ser muito menor do que seus oponentes, usou as técnicas de BJJ para derrotar
lutadores de várias modalidades, incluindo Boxe, Luta-Livre e Karate. Suas
vitórias comprovavam a eficácia do Brazilian Jiu Jitsu e ajudaram a globalizar
ainda mais a modalidade, demonstrando a superioridade do BJJ no combate real.